MATO GROSSO
Virginia Mendes Alerta: “O caos da violência doméstica e feminicídio só terá fim com leis mais fortes”
MATO GROSSO
A cada dia, somos impactados por notícias devastadoras sobre violência doméstica e feminicídios, crimes que têm se tornado manchetes constantes. A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, idealizadora do programa SER Família Mulher, faz um apelo urgente ao Congresso Nacional, órgão responsável por criar, modificar e revogar as leis do país. “Precisamos abrir os olhos para o que acontece diante de nós. A violência doméstica e os crimes de feminicídio são o verdadeiro caos que estamos vivendo”, alertou.
Emocionada com inúmeros casos, ela destacou a necessidade solução. “Todos os dias cobramos iniciativas que possam oferecer uma resposta justa à sociedade. Precisamos de leis que realmente protejam as vítimas e punam os agressores. Se nada for feito com urgência, as manchetes continuarão, as famílias continuarão a ser destruídas e a impunidade seguirá sua marcha.”
A primeira-dama de MT ainda observou que a Segurança Pública tem feito seu papel, e o Estado investiu no policiamento. No entanto, o que prejudica a ação são as leis.
“Tem casos em que o policial sequer conseguiu concluir a ocorrência, e o suspeito é liberado. Isso é uma afronta”, destacou.
Virginia Mendes ainda citou casos que refletem a gravidade do problema. Em 24 de novembro de 2023, um homem invadiu a casa de uma família em Sorriso, e matou a mãe e as 3 filhas, com idades entre 10 e 19 anos. Em Água Boa, o autor do feminicídio da jovem transexual, a cabeleireira Bianca Catyel não demonstrou remorso e, após cometer o crime, viajou de férias com sua família. Já em Cuiabá, uma babá encontrou sua patroa morta, com o filho de 8 anos dormindo ao lado do corpo. O autor do crime, de forma cruel, ainda chamou a babá para cuidar da criança. Em outro caso, um ex-namorado destruiu a loja de sua ex-companheira, não aceitando o término do relacionamento.
“Esses são apenas alguns dos muitos casos cruéis registrados diariamente. Não vou deixar de cobrar medidas concretas, apesar de as vezes me sentir cansada de lutar por leis que sejam, de fato, aplicadas e que façam esses criminosos temerem a justiça. O Congresso Nacional precisa rever a Constituição, que está desatualizada e inadequada para enfrentar os desafios atuais e cumprir sua função”, afirmou Virginia Mendes.
Em sua fala, a primeira-dama reforçou a urgência de mudanças significativas, mencionando que, para combater crimes tão brutais, seria necessário considerar penas mais rigorosas, como prisão perpétua ou até pena de morte.
“Não podemos nos limitar a discutir sobre esses crimes, que não afetam apenas as mulheres. Todos os dias, crianças são abusadas sexualmente, muitas vezes pelos próprios familiares, e os idosos também são vítimas de violência. É preciso algo concreto. Espero que, no próximo ano, tenhamos avanços concretos para resolver esse caos”, concluiu Virginia Mendes.
Segundo a primeira-dama Virginia Mendes, é muito importante que os estados tenham autonomia para legislar suas próprias leis.
“Eu acredito que essa seja a melhor saída. Cada estado tem sua necessidade; aqui em MT, temos o desafio do combate à criminalidade. Os casos de violência doméstica e feminicídio em nosso estado são preocupantes. Por mais que estejamos focados em ações, ainda somos reféns de leis frágeis. Então, espero que possamos avançar nessas discussões”, concluiu.
MATO GROSSO
Primeira-dama de MT recebe homenagem do MPMT por contribuição ao combate à violência doméstica e ações sociais
Nesta terça-feira (04.02), a primeira-dama de MT, Virginia Mendes, recebeu uma homenagem especial do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), em reconhecimento pelos serviços voluntários prestados ao Estado a partir do programa SER Família Mulher, em parceria com a instituição.
A homenagem foi dada por sua contribuição nas temáticas envolvendo as mulheres e, principalmente, por sua ativa participação ao longo de 2024 com o MPMT. A cerimônia aconteceu em seu gabinete na Unidade de Ações Sociais e Atenção à Família (UNAF).
Virginia Mendes falou da emoção em receber o reconhecimento. “Para mim, é uma honra receber essa homenagem do Ministério Público. Em nome do Dr. Deosdete, agradeço a todos os membros. Eles são nossos parceiros, como sempre digo: ninguém faz nada sozinho, então essa parceria ajudou muito para que a gente chegasse até as pessoas que mais precisam”, disse a primeira-dama de MT.
Durante a reunião, a primeira-dama Virginia Mendes lembrou a luta que é preciso enfrentar em defesa das mulheres. “Acho que a gente precisa mudar a lei. Nós temos a lei de autoria da senadora Margareth Buzetti, que eleva a pena para 40 anos, isso ajuda, mas eu sinceramente acredito que podemos avançar ainda mais”, salientou.
“Precisamos exigir mais, e nós temos representantes em Brasília para isso. A lei é muito arcaica, isso precisa mudar, para que quando um homem for agredir uma mulher, ele tenha medo, porque hoje eles não têm medo. Eles sabem que não irão ficar todo esse tempo”, argumentou.
Além das campanhas e ações em combate à violência doméstica e feminicídio, em 2024, o MPMT contou com o apoio da primeira-dama de MT, Virginia Mendes, por meio da UNAF em outras parcerias, como a Cooperação Técnica do município de Várzea Grande via Univag, com a oferta de sete mil cursos para a população hipervulnerável.
Para o Procurador-Geral de Justiça, Deosdete Cruz, a parceria estabelecida com a primeira-dama Virginia Mendes, por meio de seu trabalho voluntário no Governo do Estado, potencializou os resultados e o alcance do MPMT.
“Conseguimos o alcance que esperávamos com seu engajamento. A visibilidade social, quando ela colocou a mão nos projetos e somou forças com o Ministério Público, conseguimos passar uma mensagem muito mais consolidada e forte. Viemos aqui expressar o nosso agradecimento, prestando uma justa homenagem por sua confiança e apoio a essas iniciativas”, ratificou.
Também participaram da reunião o futuro Procurador-Geral de Justiça, promotor Rodrigo Fonseca Costa, e os promotores Dra. Januária Dorileo (Kika), Dr. Adriano Augusto Streicher de Souza e Dra. Gileade Pereira Souza Maia.
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