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Produção de Trigo no Paraná em 2024 Registra Queda de 36%

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O Paraná encerrou a safra de trigo de 2024 com uma produção estimada em 2,36 milhões de toneladas, segundo o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Embora o volume final tenha sido ligeiramente superior à estimativa anterior de 2,31 milhões de toneladas, a queda em relação à safra de 2023, quando foram colhidas 3,6 milhões de toneladas, é expressiva: 36%.

Adversidades climáticas comprometem o rendimento

A safra de 2024 foi duramente impactada por condições climáticas adversas, que limitaram o potencial produtivo das lavouras. Inicialmente, previa-se uma produção de 3,8 milhões de toneladas, mas as perdas acumuladas ao longo do ciclo frustraram as expectativas. A área cultivada no estado totalizou 1,14 milhão de hectares, e, apesar do esforço dos produtores, as colheitas concluídas em dezembro não foram suficientes para compensar os prejuízos.

Preços em queda, mas ainda acima dos custos

Com o avanço da colheita em outras regiões produtoras, como o Rio Grande do Sul e a Argentina, que superaram as expectativas, os preços do trigo no Paraná recuaram. Em dezembro de 2024, o valor médio da saca ficou em R$ 72,46, representando uma redução de 5% em relação a novembro (R$ 76,55) e abaixo do preço mínimo estipulado pela Conab (R$ 78,51). Apesar da queda, os preços seguem 9% superiores aos registrados em dezembro de 2023 e ainda estão acima dos custos variáveis calculados em novembro (R$ 68,68).

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Perspectivas para 2025

Para o próximo ciclo, o cenário permanece desafiador. A expansão da área cultivada com trigo é considerada improvável, em grande parte devido ao aumento projetado para o plantio de milho, conforme aponta o boletim do Deral.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Milheto Granífero Surge Como Alternativa Estratégica para a Segunda Safra no Cerrado

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A safra de 2025 apresenta desafios significativos para os produtores do Cerrado brasileiro, especialmente devido aos atrasos no plantio da soja em várias regiões. Com uma janela reduzida para o cultivo do milho, principal cultura da segunda safra, os agricultores precisam tomar decisões estratégicas que podem influenciar diretamente a rentabilidade da produção.

O atraso no plantio da soja comprometeu o período ideal para o milho safrinha, o que pode resultar em produtividade insuficiente para cobrir custos, caso o plantio ocorra após o dia 25 de fevereiro. No entanto, algumas regiões mantêm um otimismo moderado em relação ao aumento da área plantada, com o milho ainda sendo uma opção destacada, embora com riscos elevados.

Dentre as alternativas para a segunda safra, o milheto granífero tem se consolidado como uma opção estratégica. Além de apresentar menor custo de implantação, em torno de R$ 850 por hectare, os híbridos graníferos não demandam adubação e se adaptam muito bem às condições climáticas do Cerrado. Juca Matielo, diretor comercial da ATTO Sementes, destaca que “a conta do milheto é promissora. Com uma produtividade média de 30 sacas por hectare e preços futuros do milho como referência, o produtor pode alcançar uma renda direta de R$ 450 por hectare”.

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Além dos benefícios diretos, o milheto também traz vantagens indiretas substanciais. Estudos mostram que a palhada deixada pela planta melhora o manejo do solo, contribuindo para um aumento de até 3,5 sacas por hectare na produtividade da soja subsequente. A possibilidade de consorciar o milheto com braquiária pode ainda aumentar a quantidade de palha, promovendo ganhos em sustentabilidade e eficiência do sistema.

Demanda por Milheto Confirma Viabilidade Econômica

A viabilidade econômica do milheto granífero é reforçada pela crescente demanda por parte de granjas de aves. Henriky Maky, diretor da Granja MAKI, localizada em Bastos (SP), comenta os benefícios econômicos dessa cultura: “Comparado a uma dieta 100% milho, conseguimos uma economia de aproximadamente R$ 30 por tonelada produzida. Considerando o volume mensal, isso representa cerca de R$ 60 mil, o que chega a cerca de R$ 750 mil em economia ao longo do ano.” A Granja MAKI possui 496 mil aves em produção e 200 mil aves na cria e recria, com um consumo de ração de cerca de um milhão e meio de quilos por mês.

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Enquanto outras culturas tradicionais da segunda safra, como o sorgo e o gergelim, enfrentam dificuldades para 2025, o milheto se destaca como uma alternativa viável. O sorgo, embora receba incentivos industriais, não cobre seus custos devido à produtividade média de 50,4 sacas por hectare, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Já o gergelim perde espaço no mercado devido a preços pouco atrativos e à queda na produtividade da soja em áreas que antes foram cultivadas com a cultura.

Diante do cenário desafiador, a escolha da cultura para a segunda safra será um fator decisivo para os produtores do Cerrado. “A segunda safra será um divisor de águas. O planejamento e as decisões estratégicas podem compensar os resultados insatisfatórios da safra anterior e garantir a sustentabilidade das operações”, conclui Matielo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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