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Milheto Granífero Surge Como Alternativa Estratégica para a Segunda Safra no Cerrado

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A safra de 2025 apresenta desafios significativos para os produtores do Cerrado brasileiro, especialmente devido aos atrasos no plantio da soja em várias regiões. Com uma janela reduzida para o cultivo do milho, principal cultura da segunda safra, os agricultores precisam tomar decisões estratégicas que podem influenciar diretamente a rentabilidade da produção.

O atraso no plantio da soja comprometeu o período ideal para o milho safrinha, o que pode resultar em produtividade insuficiente para cobrir custos, caso o plantio ocorra após o dia 25 de fevereiro. No entanto, algumas regiões mantêm um otimismo moderado em relação ao aumento da área plantada, com o milho ainda sendo uma opção destacada, embora com riscos elevados.

Dentre as alternativas para a segunda safra, o milheto granífero tem se consolidado como uma opção estratégica. Além de apresentar menor custo de implantação, em torno de R$ 850 por hectare, os híbridos graníferos não demandam adubação e se adaptam muito bem às condições climáticas do Cerrado. Juca Matielo, diretor comercial da ATTO Sementes, destaca que “a conta do milheto é promissora. Com uma produtividade média de 30 sacas por hectare e preços futuros do milho como referência, o produtor pode alcançar uma renda direta de R$ 450 por hectare”.

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Além dos benefícios diretos, o milheto também traz vantagens indiretas substanciais. Estudos mostram que a palhada deixada pela planta melhora o manejo do solo, contribuindo para um aumento de até 3,5 sacas por hectare na produtividade da soja subsequente. A possibilidade de consorciar o milheto com braquiária pode ainda aumentar a quantidade de palha, promovendo ganhos em sustentabilidade e eficiência do sistema.

Demanda por Milheto Confirma Viabilidade Econômica

A viabilidade econômica do milheto granífero é reforçada pela crescente demanda por parte de granjas de aves. Henriky Maky, diretor da Granja MAKI, localizada em Bastos (SP), comenta os benefícios econômicos dessa cultura: “Comparado a uma dieta 100% milho, conseguimos uma economia de aproximadamente R$ 30 por tonelada produzida. Considerando o volume mensal, isso representa cerca de R$ 60 mil, o que chega a cerca de R$ 750 mil em economia ao longo do ano.” A Granja MAKI possui 496 mil aves em produção e 200 mil aves na cria e recria, com um consumo de ração de cerca de um milhão e meio de quilos por mês.

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Enquanto outras culturas tradicionais da segunda safra, como o sorgo e o gergelim, enfrentam dificuldades para 2025, o milheto se destaca como uma alternativa viável. O sorgo, embora receba incentivos industriais, não cobre seus custos devido à produtividade média de 50,4 sacas por hectare, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Já o gergelim perde espaço no mercado devido a preços pouco atrativos e à queda na produtividade da soja em áreas que antes foram cultivadas com a cultura.

Diante do cenário desafiador, a escolha da cultura para a segunda safra será um fator decisivo para os produtores do Cerrado. “A segunda safra será um divisor de águas. O planejamento e as decisões estratégicas podem compensar os resultados insatisfatórios da safra anterior e garantir a sustentabilidade das operações”, conclui Matielo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Queda no preço da mandioca no Paraná não afeta otimismo do setor

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O preço da mandioca no Paraná registrou uma queda de 4,2% em janeiro, com a tonelada sendo negociada a R$ 645,17, conforme apontado pelo Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) na última quinta-feira (13). Apesar do recuo em relação a dezembro de 2024, quando o valor médio era de R$ 673,47, a cotação segue 15% superior à registrada em janeiro do ano passado, o que sustenta o otimismo entre os produtores.

A safra encerrada em dezembro alcançou 3,69 milhões de toneladas, representando um crescimento de 4% em relação ao ciclo anterior, mesmo com a redução da área colhida. Diante da boa produtividade e dos preços ainda atrativos, estima-se um aumento de 8% na área plantada em 2025, especialmente na região do Arenito Caiuá, onde os produtores de soja e milho enfrentam desafios climáticos e oscilações de preços.

O setor industrial também se mantém aquecido. Os preços da fécula de mandioca permanecem estáveis em R$ 111,96 por saca de 25 kg, um aumento expressivo de 48% em comparação com janeiro de 2024. Caso as projeções se concretizem, a produção total de mandioca em 2025 pode atingir 4,14 milhões de toneladas, consolidando a cultura como uma opção rentável e estratégica para os agricultores paranaenses.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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